Desde
cedo soube que o meu futuro estaria ligado, de alguma forma, às
letras; meu passatempo de infância predileto era escrever histórias
algumas premiadas na escola-, porém sem esquecer uma imagem
qualquer para ilustrá-las.
Decidi
estudar arquitetura (1979) e, mais tarde, jornalismo (1980), na Universidade
Federal do RGS. Em tempo: nasci em pleno inverno, em Porto Alegre,
na minha ótica, a cidade mais linda da América
do Sul. Deixei-a adulta, aos 26 anos, para aperfeiçoar meus conhecimentos
na Europa, mais precisamente, na Suíça.
Lancei-me
ao papel de imigrante -ou ex-patriada-, o qual considero um processo absolutamente
sem fim de aprendizagem, e fui morar em Zurique, no ano de 1989. Passei
a utilizar, nesta época, o inglês como idioma corrente, até
conseguir dominar suficientemente o alemão. Também o espanhol,
que carregava em minha bagagem línguística, ajudou por vezes.
Trabalhei
então em alguns escritórios de arquitetura, valendo a pena citar os de David Schmid, prof. Jacques Schader e Karrer&Fuhrimann. A partir de 1992,
as áreas de história da arquitetura e da comunicação
social tornaram-se dominantes em minha carreira profissional. E resolvi
estudar o básico de francês, por ser também um idioma
nacional suíço.
Com a publicação de A Escola Moderna: Teoria e Aplicação,
em 1996, conclui o curso de pós-graduação em Teoria
e História e Arquitetura na Escola Politécnica de Zurique
(ETH). Então, a expressão escrita da língua alemã
atingiu uma importância inusitada em minha vida.
Arisquei
apresentar, em 1997, um artigo sobre arquitetura brasileira/Oscar Niemeyer ao renomado jornal
"Neue Zürcher Zeitung" (www.nzz.ch), de Zurique, e deu certo: passei a publicar, como correspondente autonoma, artigos
no caderno Feuilleton desde então.
Porém,
já anteriormente, a partir de 1995, havia iniciado o envio de colaborações
especiais para outros jornais e revistas no Brasil (Projeto, São Paulo
e Zero Hora, Porto Alegre). Também fui, entre 1997 e 1999,
correspondente da Suíça para o extinto jornal Euro-Brasil,
com sede na Inglaterra, para o qual contribuí com inúmeros
artigos sobre a comunidade brasileira na Suíça.
Inaugurei,
numa parceria com a provedora espanhola Terra Lycos, em 1998, o canal
eletrônico Expresso Brasil Europa (www.brasileuropa.com), pioneiro
de informação e serviços na Europa em língua
portuguesa. Jornalistas radicados na Inglaterra, França, Itália,
Alemanha e Suíça passaram a colarborar com artigos periódicos,
cuja edição bem como a página da Suíça
ficaram sob minha responsabilidade. Após três anos de funcionamento,
a mídia passou a ter foco local e regional suíços,
alterou o seu conceito gráfico e nome, passou então a chamar-se
somente Brasil Europa.
Em
1998 fui admitida como tradutora oficial junto à orgãos
do funcionalismo suíço e, atualmente, atuo junto à
tribunais, promotoria pública, polícia cantonal e municipal
de Zurique, secretaria de educação e escolas, postos de
atendimento médico, assistência social, entre outras entidades,
inclusive também acompanho casos jurídicos particulares.
Responsabilizo-me por traduções escritas, cujo reconhecimento
em cartório, quando exigido, realizo.
Entre
2001 e 2003, assumi a direção do programa musical e informativo
da rádio Lora (www.lora.ch) de língua portuguesa Se
liga Brasil.
Atualmente:
Nos anos de 2007 e 2008, voltei a atuar na prática da arquitetura, concebi a reforma do imóvel situado em Laubiweg 32/8057 Zurique, tendo sido também responsável pela execução da obra. O trabalho envolveu principalmente o estudo da relação de elementos antigos e aqueles inseridos novos nos interiores, de cores, texturas, volumes e luz.
Nos semestres de inverno dos anos de 2006 e 2007 fui contratada para lecionar sobre a arquitetura no Brasil, na Escola Técnica de Winterthur (www.zahw.ch). Essa cadeira, por assim dizer inventada por mim, teve uma grande procura entre os estudantes de master de arquitetura.
Em 2005, após envio de material colecionado na área de traduções, fui aceita para integrar o grupo de tradutores de "Interpret", órgao federal de tradutores e intermediadores culturais.
Para
finalizar:
Muitas áreas se fungem em minha carreira profissional, o que não consigo evitar que aconteça. É a atitude da ante-especialzação, com seus rítmos próprios, inclusive da causalidade e sempre aberto para novos desafios, o que dizer mais sobre isso...?
A respeito de meu trabalho de tradutora: ele não se limita somente à
simples tradução de frases, mas sim, ao entendimento de
idéias. E a capacidade de entender o contexto
das idéias está ligado ao mundo próprio imáginário de cada um. Consequentemente, fundamental para todo o "início de conversa"...